terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Carga de 8 milhões de cigarros é apreendida

04/02/2012 - Rolândia - Uma operação conjunta entre Receita e Polícia Federal terminou ontem com a apreensão de 8 milhões de cigarros contrabandeados na PR-999, em Rolândia (Norte). A barreira montada no local flagrou o ônibus que seguia de Foz do Iguaçu (Oeste) para São Paulo.




Um fato inusitado chamou a atenção dos fiscais. O veículo plotado indicava propriedade da Prefeitura Municipal de Nova Santa Bárbara (Norte Pioneiro), mas a placa do coletivo era de Cambé. Outra problema: a grafia no suposto brasão mostrava ''Bábara'' e não ''Bárbara''.







A carga estava distribuída em 800 caixas. Para acomodá-las, os contrabandistas retiraram vários bancos do coletivo. O motorista fugiu para uma mata e não foi localizado. O passageiro de 22 anos foi preso em flagrante - ele tinha condenação por roubo cometido ano passado em Santa Terezinha de Itaipu (Oeste).







''Há mais de seis meses não tínhamos uma apreensão tão grande'', afirmou o delegado-chefe da Receita Federal de Londrina, David Oliveira.







Estudo da Associação Brasileira de Combate a Falsificação (ABDF) aponta que o País deixa de arrecadar U$ 20 bilhões por ano com produtos contrabandeados que cruzam as fronteiras. Só com cigarros, U$ 2 bilhões deixam de entrar nos cofres públicos.







''O cigarro tem uma peculiaridade. O Brasil tem oito fábricas de cigarro enquanto o Paraguai tem 60. Trinta e oito estão em Cidade do Leste, na fronteira. Quanto mais o governo aperta o cerco contra o cigarro, com aumento de tributos e restrição ao fumo em locais fechados, mais cresce (a produção) do Paraguai'', afirmou o diretor de Comunicação da ABCF, Rodolpho Ramazzini.







A pesquisa também mostra que o cigarro contrabandeado é encontrado com facilidade no varejo. ''Em Londrina, por exemplo, 40% das lojas do varejo vendem cigarros contrabandeados. A maioria fica nas zonas Norte e Leste. Além de rota do contrabando, produtos também ficam na cidade e são vendidos livremente. Estamos sempre trabalhando para combater o contrabando, mas é difícil'', completou.

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