quarta-feira, 28 de março de 2012

Bragança Paulista - Sérgio Pereira fala de segurança, trânsito e de política

25/03/2012 - Sérgio Pereira da Silva, Secretário Municipal de Trânsito e Segurança e de Governo de Bragança Paulista, homem forte da atual administração, conversou com o nosso colunista de política e cidadania.
Casado pai de dois filhos, natural de Bragança Paulista, antes de ser Secretário Municipal desenvolvia um trabalho junto a Associação Brasileira de Combate a Falsificação, uma entidade que combate a todo tipo de ilícito e comércio ilegal, trabalhando junto as polícias federais e estaduais, ministério público e receita federal.
PB – O que levou a aceitar fazer parte da atual administração?

Sérgio Pereira: Em 2004 quando o prefeito Jango foi candidato, o Dr.º Aguirre, então presidente do PSDB, pediu que participasse da composição do programa do prefeito na área de segurança, devido a experiência que eu tenho em nível de Brasil e algumas no exterior, então ajudei a compor este plano de governo.
“O trabalho foi dando certo e com apoio
do prefeito Jango acabei ficando..."


Então aconteceu toda aquela questão jurídica, e o Jango teve que assumir, e o PSDB teve que montar uma equipe meio as pressas para assumir, então o Drº Aguirre e o Jango me chamaram e pediram que eu assumisse a Secretaria de Trânsito e Segurança .

Devido aos meus compromissos fora daqui, assumi com o compromisso de ficar de outubro a até março de 2006, para ajudar o começo da administração. O trabalho foi dando certo e com apoio do prefeito Jango acabei ficando

PB – Quais foram os avanços na área de Segurança?

Sérgio Pereira: Tínhamos um planejamento de estruturação da parte da segurança municipal, trabalho voltado na integração, pois muitas vezes pude constatar que alguns prefeitos tomam duas posturas: - A primeira é a de não querer se envolver com segurança, pois é problema do estado. - A segunda é que quando querem se envolver, fazem de forma errada querendo tirar proveito político de uma área que é essencial para a população, e acaba criando uma estrutura de segurança para concorrer com a policia militar.
Aqui em Bragança pregamos a integração entre as estruturas de segurança, com a aproximação e cooperação, por isto todo o investimento feito procuramos deixar bem claro que não é da prefeitura, nem da guarda municipal e sim da segurança da cidade.
 Têm problemas? Têm problemas normais
de cidade próxima a grandes centros..."


Essa integração mostrou muito sucesso, pois os índices foram diminuindo a cada ano. No primeiro ano já foi um impacto muito grande, Bragança está entre as cidades mais seguras do estado. Têm problemas? Têm problemas normais de cidade próxima a grandes centros, que sofre com influencias, mas mesmo assim Bragança é uma cidade tranquila.



Todos os investimentos feitos: criação da central de monitoramento, modelo hoje no Brasil, criação do canil, criação da cavalaria, guarda ambiental e toda a estruturação da sede , dando todo o treinamento, automotivação necessária para capacitação, é para que tenhamos um profissional que possa prestar um serviço melhor à população.



A Segurança cria e ajuda na possibilidade da população poder ter uma melhoria na qualidade de vida e atrai investimentos, por exemplo, quando o prefeito Jango assumiu, o primeiro orçamento era de 148 milhões e agora em 2012 é de 366 milhões, poucas cidades tiveram o percentual que Bragança teve, em virtude do desenvolvimento da cidade.

PB - E o trânsito de Bragança?

Sérgio Pereira: O trânsito é pautado em três pilares, educação, ação de engenharia e fiscalização. Temos problemas na cidade em relação ao trânsito em virtude do aumento de veículos, pois quando assumimos a secretaria, tínhamos cerca de 55 mil veículos na cidade, e hoje ela está em torno de 96 mil veículos, e a cidade não estava preparada para este aumento. Desde 1990 não tivemos nenhum aumento significativo na estrutura viária, fazendo uma análise, tivemos a abertura da norte-sul, trecho da Alberto Diniz, e a abertura de um trecho da Imigrantes próximo ao bairro dom Popó, e mais nada de estrutura viária.
Tínhamos alguns pontos negros que conseguimos resolver,
o que levou a diminuição do número de acidentes..."

Quando assumimos fizemos uma análise dos pontos negros, ou seja de riscos de acidentes, e continuamos fazendo isto. Ocorreu um acidente de trânsito com vítima ou não, vamos até o local fazemos uma análise se há alguma deficiência em relação a sinalização, pavimento, ou seja todo o aspecto da engenharia de trânsito. Tínhamos alguns pontos negros que conseguimos resolver, o que levou a diminuição do número de acidentes, considerando o crescimento da frota. Por exemplo tínhamos mil acidentes por ano com uma frota de 50 mil carros e continuamos tendo mil acidentes, mas com uma frota de quase cem mil veículos, percentualmente o número de acidentes diminuiu.

O trânsito é polêmico, e com o aumento rápido da frota não só em Bragança mas em todo o Brasil, ocasionou um conflito entre uso e costumes, pois a vinte anos atrás parar em fila dupla na praça Raul Leme ocasionaria um tipo de transtorno e hoje ocasiona outro tipo de consequência muito mais grave ao sistema viário de nossa cidade. Por isto é necessário a fiscalização.
“ ...o ideal era não ter fiscalização eletrônica
e nem dos agentes..."
As pessoas reclamam de radar, o ideal era que não precisasse ter a fiscalização eletrônica e nem dos agentes, pois se o motorista tivesse a consciência que em certa via o limite de velocidade, por exemplo, é de 60 km/h obedecesse, havendo ou não fiscalização. Aqui não pode estacionar , o motorista tenha consciência que não pode e não fazer aquele ato. As pessoas precisam se conscientizar que uma inflação de trânsito é um ato antissocial e não teve ser cometido para que ele possa conviver bem na sociedade.
PB – Quais são os projetos para o trânsito?
Sérgio Pereira: Criação da Perimetral, criação de um terminal de cargas em um ponto descentralizado para poder proibir o tráfego de veículos pesados nas áreas centrais.
...mas não adianta proibir
sem ter a solução..."
Muitas pessoas me cobram, “Têm que proibir caminhões pesados aqui no centro istoé um absurdo”, mas não adianta proibir sem ter a solução, seria fácil, a partir de hoje não passa mais caminhão, e como fica atividade econômica da cidade , agente pode proibir quando tem alternativa, têm terminal de cargas na entrada da cidade, então todo veículo grande chega lá, faz o transbordo, e o abastecimento da cidade vai ser em veículos menores , e aí sim estamos dando uma condição que permite esta proibição.

Precisamos também conscientizar cada vez mais a necessidade de se obedecer as leis de trânsito que é única para o país inteiro, mas por exemplo alguns tipos de comportamento dependendo do local geram um tipo de impacto, parar em fila dupla é uma inflação de trânsito, mas se você parar em fila dupla por exemplo lá em Pedra Bela na praça e fica conversando, têm um impacto na vida da sociedade, se ele faz isso em nossa praça central na Raul Leme, para e fica conversando têm outro impacto, se ele faz isso em uma 23 de maio em São Paulo é outro impacto, mas é a mesma inflação. Então o cidadão ele faz isso lá em São Paulo e é punido ele até aceita punição, pois ele têm consciência do transtorno que causou na sociedade com aquele ato dele, e ele vai lá em Pedra Bela ficou conversando dez minutos ele não atrapalhou a vida da sociedade, e ele não aceita ser punido, pois para ele não interferiu na vida da sociedade, apesar de ser uma inflação de trânsito.

..a minha rua sempre foi mão dupla mas agora querem mudar para mão única , mas porque? Porque mudou a realidade, pois o mundo é dinâmico, e as necessidades de nosso trânsito também. "


Em Bragança com esta evolução do aumento da frota, que em 1990 tínhamos dezenove mil veículos, e hoje em dia quase cem mil, alguns comportamentos que apesar de serem inflação no passado e o agora, eles tinham um impacto e hoje tem outro. Muitas pessoas não perceberam que aquilo que ele fazia no passado, não podem ser mais feitos, pois acabam atrapalhando as pessoas. Muitas pessoas dizem e reclamam eu sempre fiz isto, agora vem esse secretário chato e quer que eu faça assim, ou a minha rua sempre foi mão dupla, mas agora querem mudar para mão única , mas porque? Porque mudou a realidade, pois o mundo é dinâmico, e as necessidades de nosso trânsito também.

PB – Como Secretário de governo como o Senhor alinhava os diversos interesses políticos da base de apoio do prefeito Jango?

Sérgio Pereira: Assumi a Secretaria de governo para cobrir as férias de um colega e acabei ficando, a pedido do prefeito Jango, vim para ficar quinze dias e estou a quase dois anos.

" ...tudo acaba convergindo para esta secretaria, e ela acaba participando de tomadas de decisões, orientando e encaminhando as questões para o bom andamento da administração. "

Esta secretaria têm algumas particularidades que envolve toda a articulação política da administração junto aos outros poderes, tudo acaba convergindo para esta secretaria, e ela acaba participando de tomadas de decisões, orientando e encaminhando as questões para o bom andamento da administração. É uma secretaria difícil e espero estar atendendo as expectativas do prefeito e de todos os outros secretários e de todos da administração.
PB – O Senhor esta participando de uma pesquisa juntamente com outros nomes do PSDB, para saber qual é o melhor nome do partido para suceder o prefeito Jango. Qual é a sua posição em relação a esta pesquisa?


Sérgio Pereira: Como filiado ao PSDB, eu vejo que todo partido têm algumas regras que mesmo não sejam escritas, mas por questão de coleguismo devem ser seguidas, hoje o PSDB têm dois candidatos naturais, que é o vice-prefeito Gonzaga Mathias e o presidente da Câmara João Carlos Carvalho.

...se for preciso estou para colaborar,
e eu não sou de correr de desafios."

O ano passado surgiu por parte de alguns colegas a indicação da possibilidade de eu ser candidato como uma opção, e isto nunca teve nos meus planos como um projeto de vida, mas eu sou uma pessoa que sou idealista, e é gratificante agente ver um trabalho em prol da sociedade dando resultado, e têm muita coisa para fazer e que se têm condição de ser feito . Eu sou um cara de grupo, e se eles entenderem que eu possa ser uma opção para o bem da cidade, se for preciso estou para colaborar, e eu não sou de correr de desafios.
PB – Na sua opinião o PSDB têm como sair como uma chapa pura?

Sérgio Pereira : Vai depender de uma série de fatores, e até desta definição dentro do partido de quem seria o nome. Não vejo a chapa Pura como a melhor primeira definição, eu defendo que têm que haver composição, temos que ver quais são as opções para comporem uma chapa junto com o PSDB, quais seriam as composições que dariam melhores condições de vitória.
Mas na minha opinião o PSDB
têm que ter uma composição."


Eventualmente se não houver a possibilidade de uma composição, o PSDB como qualquer outro partido está preparado, ele têm excelentes nomes e estamos preparados. Mas na minha opinião o PSDB têm que ter uma composição
PB - Muito se comenta nos meios políticos a possibilidade do deputado Edmir Chedid sair como prefeito, o que você acha disto?
É mais
uma opção..."
Sérgio Pereira: É mais uma opção, como vários outros partidos também deverão lançar candidatos.
PB – O Senhor acha que haveria uma possibilidade de composição com DEM?

“...não creio
nesta possibilidade.,,

Sérgio Pereira: Eu acho difícil pois devido a questão judicial que houve no passado, não creio nesta possibilidade.

PB – Caso o Senhor fosse escolhido como pré-candidato qual seria sua bandeira?
“... áreas de educação, saúde e a própria
área de segurança como fatores de desenvolvimento econômico...
Sérgio Pereira – Caso eu for escolhido pré-candidato eu continuaria vários projetos que estão dando certo, aprimoraria as áreas de educação, saúde e a própria área de segurança como fatores de desenvolvimento econômico, são várias atitudes neste sentido, que precisamos discutir com o nosso grupo político e com a população.
PB – Alguma coisa acrescentar ?


Sérgio Pereira – Agradeço a oportunidade e me coloco a disposição para esclarecer para a população , sempre o que tiver em nosso alcance para a gente estar cumprindo o nosso papel como servidor público, que deve servir a população, deve estar tomando medidas em nome da coletividade, é comum as pessoas procurarem o poder público com questões pessoais, sem se preocupar com as questões coletivas.

“... sempre temos que estar nos policiando
em nossas ações pois a nossa obrigação é atender a coletividade.
Uma das minhas frustrações no inicio da administração pública, é que muita gente pedia alguma coisa, mas não via que aquilo que ela estava preiteando ia prejudicar alguém, ia prejudicar uma comunidade, e as pessoas as vezes não se preocupavam com isso, por este motivo sempre temos que estar nos policiando em nossas ações pois a nossa obrigação é atender a coletividade

quinta-feira, 8 de março de 2012

Anvisa identifica falsificação e proíbe venda de lote de remédio contra o câncer

07/03/2012 - Paula Laboissière


Repórter da Agência Brasil



Brasília – Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada hoje (7) no Diário Oficial da União proíbe a distribuição, o comércio e o uso, em todo o território nacional, do medicamento MabThera 500mg/50ml (rituximabe), lote B6038 com as seguintes informações: VAL 12 2012 FAB 06 2010.



Segundo a Anvisa, a decisão foi tomada por se tratar de falsificação. De acordo com a resolução, o fabricante do medicamento informou que o lote original é de 2008, com vencimento em 2010.



“Portanto, qualquer unidade que apresente datas diferentes deve ser considerada como falsificação”, explicou a Anvisa.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Brasil fabrica 60% dos calçados falsos vendidos no país, diz ABCF

28/02/2012 Associação de Combate à Falsificação estima prejuízo de R$ 1,5 bilhão.


Franca, SP, é uma das cidades que mais produz peças pirateadas.
Dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) apontam que 60% dos calçados piratas vendidos no Brasil são fabricados no próprio país. Em 2011 o governo deixou de arrecadar cerca de R$ 1,5 bilhão em impostos por causa da pirataria.




Ainda de acordo com a ABCF, as principais cidades produtoras de calçados falsificados são Nova Serrana, em Minas Gerais, e Franca, no interior de São Paulo.



A Delegacia de Investigações Gerais de Franca confirma que em 2012 já foram apreendidos pelo menos 7,1 mil pares de calçados e materiais para fabricação na cidade.



Segundo o delegado Márcio Murari, o principal destino dos produtos é a capital do estado. “A gente observa que há mais locais que estão produzindo. Temos feito várias diligências e realizado apreensões tanto de tênis como de bolsas e até carteiras”, disse em entrevista ao Jornal Regional.



Selo de confiança

O presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca, José Carlos Brigagão do Couto, afirmou que a qualidade dos produtos fabricados pode ser reconhecida por um selo de indicação geográfica.



A certificação foi concedida ao setor pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e deve ser estampada nas caixas dos calçados. "Isso é pouco difundido no Brasil, mas é a garantia dos produtos fabricados naquela determinada região em proteção ao consumidor e contra as falsificações. Portanto é um reconhecimento por lei, como se fosse uma certidão de nascimento do pólo calçadista francano", afirmou Couto em entrevista ao Jornal Regional.