07/12/09 - Sete meses depois de adotada uma nova sobrecarga tributária sobre o cigarro, os reflexos indicam que a estratégia para reduzir o consumo do tabaco no país pode ter saído pela culatra. A venda do produto nacional teve queda média de 6,5% no período. Porém, o que poderia ser um indicativo positivo perde força quando observado que o acréscimo nas apreensões do produto contrabandeado do Paraguai na região de fronteira quase triplicou em relação às perdas da indústria. De janeiro a outubro, foram 18% a mais que o registrado nos mesmos dez meses de 2008.
Apesar de defenderem que o crescimento nas apreensões é resultado das várias operações de repressão desencadeadas em todo o país, as autoridades fiscais e policiais não descartam que as quadrilhas estejam vislumbrando no contrabando de cigarro um mercado cada vez mais lucrativo e com grande potencial a ser explorado. "Temos consciência que as ações repressivas não vão acabar com esse tipo de crime. Mas estamos trabalhando para diminuí-lo a patamares próximos de zero", garante o delegado-adjunto da Receita Federal em Foz do Iguaçu, Rafael Dolzan.
De janeiro até o fim de outubro foram tirados de circulação na faixa de fronteira de Foz do Iguaçu a Guaíra mais de US$ 8,5 milhões, contra US$ 7 milhões no mesmo período do ano passado. Coincidência ou não, os registros tiveram maior acréscimo a partir de março, logo após o anúncio do aumento do IPI. Na época, o fenômeno já era esperado pelas autoridades e especialistas. "Isso é normal quando existem outras alternativas, mesmo que ilegais", lembra o representante da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) no Paraná, Luciano Stremel.
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Fonte : RPC
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