20/12/09 - O movimento de mercadorias contrabandeadas na barranca do Rio Paraná, em Ciudad del Este, é grande durante todo o dia. Carros e caminhões descarregam milhares de caixas com contrabando que vai atravessar a fronteira para o Brasil. Os carregadores enchem os barcos em portos clandestinos. A travessia é feita a remo.
Do lado brasileiro os carregadores sobem a barranca com os imensos fardos. O trabalho é rápido e organizado. As mercadorias são colocadas nos bagageiros de carros e desaparecem nas ruas de Foz do Iguaçu.
Mas esse transporte escancarado, à luz do dia, ainda pode ser considerado pequeno. À noite, quando as lojas do lado paraguaio fecham e o movimento na Ponte da Amizade diminui, é que se intensifica o contrabando na barranca do Rio Paraná.
Apesar da escuridão, a Polícia Federal consegue, com uma câmera especial, registrar imagens da gigantesca estrutura do contrabando no local. O equipamento faz imagens a partir do calor dos corpos. Do lado paraguaio, dezenas de portos clandestinos estão em atividade. Do lado brasileiro, centenas de homens ficam à espera das mercadorias.
À noite são usados barcos maiores, com motores potentes. Eles cruzam o rio rapidamente, lotados de mercadorias. Os carregadores, do lado brasileiro, se encarregam do transporte.
Quando a polícia chega à barranca, os olheiros à serviço dos criminosos dão o aviso e as mercadorias são colocadas de volta nos barcos. Os policiais chegam e não encontram mais ninguém. Frequentemente há troca de tiros. Muitas vezes, parte da mercadoria é abandonada. Com o monitoramento do transporte, a polícia afirma que tem conseguido afetar a parte financeira das quadrilhas.
Fonte : G1
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