04/12/09 - Aqui o crime não se esconde. Em cidade do leste, no Paraguai, produtos piratas estão por toda a parte.
Que as autoridades e a população são coniventes com a pirataria é fácil de se perceber, mas não da forma como foi comprovada por uma pesquisa da Câmara de Comércio Paraguaia-Americana.
80% dos paraguaios não recriminaria um filho por comprar CDs, DVDs ou roupas falsificadas e metade da população acha que pirataria é uma forma de ganhar a vida.
Para o Presidente da Câmara de Comércio, Gerald McCulloch, a ideia que a população faz da falsificação é uma tragédia para a economia do país. Em vez de trazer renda, a ilegalidade impede que o estado crie empregos e invista em saúde e educação, por exemplo. "Não ajuda o país, ao contrário, prejudica o país".
Esse não é nem de longe um problema que diz respeito só ao Paraguai. Se a indústria da pirataria vai de vento em poupa do lado de lá da ponte é porque boa parte desses produtos falsificados tem compradores garantidos no Brasil.
Nesta quinta-feira (03) em todo o país a Receita Federal destruiu mais de três mil toneladas de mercadorias apreendidas. Em Foz do Iguaçu, CDs, DVDs, óculos e cigarros. Tudo vindo do Paraguai.
Para a Associação Brasileira de Combate a Falsificação o problema precisa ser atacado em conjunto, e não só pela polícia. "O Brasil não vai conseguir resolver esse problema se não tiver o Paraguai como parceiro, e essa parceria não tem que ser só de repressão, mas de educação também", afirma Luciano Barros.
Fonte : Jornal Floripa
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