quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Exército adverte que não quer substituir as polícias

07/08/2010 - À espera de sanção presidencial, a lei que autoriza as Forças Armadas a realizarem prisões nas fronteiras levou uma inquietação ao Comando Militar do Sul. Comandante da unidade, o general Túlio Cherem, 60 anos, teme que a população confunda a missão do Exército – a defesa do país contra inimigos externos – com a ação das polícias – a segurança interna. Mas admite que os militares farão detenções.

– O projeto nos dá segurança jurídica para realizar prisões e apreensões, algo que não tínhamos antes – analisa o general, que chefia 50 mil militares vinculados ao Comando Militar do Sul (CMS), unidade que engloba as tropas do Exército nos três Estados sulinos.

Cherem acredita que as mudanças são mais jurídicas do que práticas, mas promete: que ninguém se atreva a atacar quartéis, como já aconteceu no eixo Rio-São Paulo. O Exército irá atrás para recuperar o que é seu, adverte.

Ele admite também que reforço de contingente e armamento são esperanças das Forças Armadas, com essa nova missão recebida, de ampliar guarnição nas fronteiras. Para o Sul estão chegando blindados, devem ser comprados novos fuzis e, na parte da Força Aérea, Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants), especiais para vigilância eletrônica.

O projeto que concede poder de polícia às Forças Armadas foi aprovado esta semana no Senado. Como a proposta partiu do governo federal, a sanção pelo presidente Lula é dada como certa.

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