24/10/2012 02:10
As fraudes e falsificações de produtos industrializados provocam um impacto de pouco mais de R$ 40 bilhões aos cofres do Governo brasileiro. Segundo dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), desse montante, o contrabando de cigarros é responsável por uma perda de R$ 3 milhões à União. No Nordeste, Pernambuco está entre os dois estados líderes na comercialização desse tipo de produto, e, juntamente com a Bahia, representa cerca de 70% do volume vendido na Região, um prejuízo de R$ 90 milhões por mês nas contas do Estado.
No período de janeiro a setembro de 2011, foram destruídos o equivalente a R$ 39,7 milhões de cigarros na Região Nordeste. Nos nove estados, a comercialização da “versão” ilegal do produto é maior do que no restante do País, sendo possível encontrar cigarros ilegais prontos para aquisição em 65% dos varejos formais da Capital e do Interior. No primeiro semestre deste ano, já foram retidos 266 mil maços do mesmo produto.
De acordo com o diretor de Comunicação da ABCF, Rodolpho Ramazzini, a maioria dos cigarros contrabandeados que entram no País são oriundos do Paraguai. “Nossas fronteiras são muito desprotegidas devido à escassez de militares. Isso facilita a entrada desses produtos sem ser taxados de impostos”, afirmou.
O combate ao crime é dificultado pela falta de cooperação entre o Brasil e o país vizinho. “O problema de controlar a entrada do cigarro paraguaio é que não dá para chegar ao produtor. Eles não estão mais falsificando produtos brasileiros, mas sim produzindo dentro do seu próprio país. A legislação não nos permite tomar medidas dentro do Paraguai“, explicou Ramazzini.
O mercado clandestino de cigarros no Brasil é o segundo maior da América Latina e, atualmente, está acima dele apenas o mercado legalizado brasileiro. Uma das explicações para esses grandes índices são os baixos preços praticados, que seduzem os clientes em busca do menor preço. Enquanto uma marca legalizada comercializa uma carteira de cigarros por, no mínimo, R$ 3, o contrabandeado é repassado por R$1,60 em média.
Fonte: http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/edicaoimpressa/arquivos/2012/10/24_10_2012/0055.html
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