24 09 2010 Por Carolina LemesCom a internet e os computadores a pirataria vem crescendo cada vez mais no mundo todo. Segundo o relatório anual da Business Software Alliance (BSA), o Brasil hoje encontra-se em 5º lugar no ranking mundial de pirataria de softwares. Para o diretor da Organização não-governamental Associação Brasileira de Combate à Falsificação, Rodolpho Ramazzini, o problema não acabará enquanto o governo não diminuir a carga tributária que incide sobre os setores mais atingidos.Produtos falsificados ou pirateados apresentam qualidade inferior e também podem ser perigosos, ainda mais quando exigem uma tecnologia maior, ou mesmo em relação a medicamentos, segundo Ramazzini, além de provocar grandes impactos na economia do País: “O Brasil perde aproximadamente 20 bilhões de dólares anuais com o contrabando e a falsificação de produtos industrializados”.Segundo o também advogado Rodolpho Ramazzini, existem soluções eficazes para diminuir e até mesmo acabar com a pirataria. Uma delas seria aumentar os agentes da Receita e Polícia Federal nas fronteiras dos portos e aeroportos do Brasil, bem como o governo diminuir as cargas tributárias dos produtos mais atingidos por essa prática, pois assim as mercadorias não seriam tão interessantes para o consumidor em relação ao preço.A internet se tornou uma aliada na propagação da falsificação e os produtos mais pirateados no Brasil são os CDs e os DVDs, segundo uma pesquisa realizada pela A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), que entrevistou mil domicílios de 70 cidades do País. Várias lojas que vendiam essas mercadorias foram fechadas, como é o caso da “Bolão Discos” que era tradicional em Bragança Paulista com mais de 20 anos de comércio. O seu antigo proprietário, Luiz Roberto, confirma os motivos do fechamento: “Fomos obrigados a sair do ramo devido a pirataria e a internet, onde as pessoas fazem downloads do que querem, tanto música como vídeo Não temos mais chance nenhuma de sobrevivência com esse tipo de comércio, ficamos para trás”.A pirataria abrange a reprodução, a distribuição e a venda de produtos não legalizados, ou seja, que não têm autorização para esses fins e nem pagamento dos direitos autorais. Para Rodolpho Ramazzini adquirir produtos pirateados é uma forma de incentivar e estimular a criminalidade: “As mesmas quadrilhas que se especializaram no contrabando de produtos industrializados, trazendo-os para o território brasileiro e a falsificação dentro do País, são as mesmas quadrilhas que fazem o contrabando de armas, tráfico de drogas. Ou seja, quando você adquire um produto falsificado você está ajudando essas quadrilhas a lavarem dinheiro”. - JORNALISMO FAAT
Por Carolina Lemes
Com a internet e os computadores a pirataria vem crescendo cada vez mais no mundo todo. Segundo o relatório anual da Business Software Alliance (BSA), o Brasil hoje encontra-se em 5º lugar no ranking mundial de pirataria de softwares. Para o diretor da Organização não-governamental Associação Brasileira de Combate à Falsificação, Rodolpho Ramazzini, o problema não acabará enquanto o governo não diminuir a carga tributária que incide sobre os setores mais atingidos.
Produtos falsificados ou pirateados apresentam qualidade inferior e também podem ser perigosos, ainda mais quando exigem uma tecnologia maior, ou mesmo em relação a medicamentos, segundo Ramazzini, além de provocar grandes impactos na economia do País: “O Brasil perde aproximadamente 20 bilhões de dólares anuais com o contrabando e a falsificação de produtos industrializados”.
Segundo o também advogado Rodolpho Ramazzini, existem soluções eficazes para diminuir e até mesmo acabar com a pirataria. Uma delas seria aumentar os agentes da Receita e Polícia Federal nas fronteiras dos portos e aeroportos do Brasil, bem como o governo diminuir as cargas tributárias dos produtos mais atingidos por essa prática, pois assim as mercadorias não seriam tão interessantes para o consumidor em relação ao preço.
A internet se tornou uma aliada na propagação da falsificação e os produtos mais pirateados no Brasil são os CDs e os DVDs, segundo uma pesquisa realizada pela A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), que entrevistou mil domicílios de 70 cidades do País. Várias lojas que vendiam essas mercadorias foram fechadas, como é o caso da “Bolão Discos” que era tradicional em Bragança Paulista com mais de 20 anos de comércio. O seu antigo proprietário, Luiz Roberto, confirma os motivos do fechamento: “Fomos obrigados a sair do ramo devido a pirataria e a internet, onde as pessoas fazem downloads do que querem, tanto música como vídeo Não temos mais chance nenhuma de sobrevivência com esse tipo de comércio, ficamos para trás”.
A pirataria abrange a reprodução, a distribuição e a venda de produtos não legalizados, ou seja, que não têm autorização para esses fins e nem pagamento dos direitos autorais. Para Rodolpho Ramazzini adquirir produtos pirateados é uma forma de incentivar e estimular a criminalidade: “As mesmas quadrilhas que se especializaram no contrabando de produtos industrializados, trazendo-os para o território brasileiro e a falsificação dentro do País, são as mesmas quadrilhas que fazem o contrabando de armas, tráfico de drogas. Ou seja, quando você adquire um produto falsificado você está ajudando essas quadrilhas a lavarem dinheiro”. - JORNALISMO FAAT
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