quarta-feira, 6 de outubro de 2010

POLÍTICA INTERNACIONAL – 37 PAÍSES ASSINAM ACORDO PARA COMBATER O ROUBO DE DIREITOS AUTORAIS E O BRASIL SE OPÕE AO NOVO MECANISMO

04/10/10 - Representantes dos EUA, Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Singapura, Coréia do Sul, Suíça, Marrocos, México e os países que integram a “União Européia” chegaram a um Acordo neste sábado, dia 2 de setembro, para a criação de um pacto internacional que visa reduzir o roubo de direitos autorais e de marcas comerciais, plágio e imitações, que, anualmente, causam bilhões de dólares em perdas.
O acordo foi estabelecido com base em 3 áreas de atuação:
1.      Aumentar a cooperação internacional;
2.      Estabelecer melhores práticas para a observância;
3.      Proporcionar um marco legal mais efetivo para combater a pirataria e a falsificação.
De acordo com declarações do “Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão”, citado pelo jornal “Folha de São Paulo”, a peça chave do ACTA (Acordo comercial Anti-Pirataria, na sigla em inglês), determina que “funcionários aduaneiros têm autoridade para apreender mercadorias falsificadas, sem uma ordem judicial ou determinação da parte dos detentores dos direitos autorais da mercadoria”.
Apesar do número de países envolvidos nas negociações do acordo ser restrito, analistas crêem que o ACTA logo se tornará uma moeda de troca em futuros Tratados, ou seja, países que queiram fechar acordos com os EUA e a UE terão como condição a assinatura do tratado, mesmo que não tenham participado de sua confecção.
Haverá muita pressão para a adesão ao ACTA, especialmente sobre o Brasil, a Rússia, a Índia, a China (BRIC) e, em escala um pouco menor, a África do Sul”, declarou à “Folha” Sean Flynn, que coordena o “Programa de Justiça da Informação e Propriedade Intelectual da Escola de Direito de Washington”, na “American University”.
Fora do debate como os demais países do BRIC, Brasília não aprova a iniciativa. “É um acordo plurilateral feito sem a participação dos países em desenvolvimento, com umas poucas exceções”, afirmou o embaixador do Brasil na “Organização Mundial do Comércio” (OMC), Roberto Azevedo. “É uma tentativa de impor padrões ao resto do mundo”, acrescentou o embaixador.
Cabe ressaltar que, no Brasil, segundo uma estimativa repassada pela “Associação Brasileira de Combate à Falsificação” (ABCF), as perdas com a pirataria chegaram a 20 bilhões de dólares em 2009. Uma pesquisa realizada pela “Federação do Comércio” (Fecomércio-RJ) levantou que quase metade (46%) dos brasileiros realizou compra de produtos falsificados no ano de 2009. Ademais, essa atividade ilegal causa desemprego (63%) e financia o crime organizado (69%).
A propriedade intelectual é um tema abordado há anos pela “Organização Mundial da Propriedade Intelectual” (OMPI), órgão da ONU com atribuição da comunidade internacional para tratar da matéria, e pela OMC, que dispõe de normas sobre observância da propriedade intelectual.
Indaga-se a razão de criar um terceiro Fórum para tratar da propriedade intelectual no plano internacional, se esta questão já é tratada no âmbito destes organismos multilaterais. O ACTA prevê em seu texto atual o estabelecimento de uma nova instituição, em paralelo às atuais, para tratar da matéria de forma autônoma.
Alguns analistas indicam que o estabelecimento do ACTA faz parte de uma estratégia de esvaziamento dos Fóruns já existentes, bem como atingir os países do BRIC, inseridos com freqüência nas listas de “países piratas”, para que não façam parte das negociações e sejam pressionados a aderir futuramente.
Sem dúvida este será um mecanismo para pressionar os “países piratas” a inserirem “agendas de prioridades” em defesa da propriedade intelectual. Por outro lado, apesar do Acordo prever o estabelecimento de uma nova instituição para tratar da matéria de forma autônoma, a sua execução não será tratada de forma independente, pois em sua base está a intensificação da cooperação internacional com países, organismos, instituições e empresas, em prol da defesa de algo que no Brasil ainda é obsoleto: a propriedade intelectual.
Este mecanismo de cooperação deve ser utilizado pelos países opositores, em especial o BRIC, para remeter suas observações sobre o Acordo e como ele poderia refletir a realidade local e as conseqüências globais, pois apenas recusá-lo não trará contribuição alguma nos esforços contra a pirataria. - CEIRI

PM apreende dois veículos com contrabando

30/09/2010 - A Polícia Militar de Foz do Iguaçu apreendeu na noite de ontem (29) dois veículos com produtos contrabandeados do Paraguai.
Os policiais realizavam patrulhamento na rua Guimarães Rosa, no Jardim América, quando abordaram uma Besta, com placas do Paraguai. O veículo possuía mercadorias contrabandeadas.
A outra apreensão foi realizada por volta das 21h30min após abordagem na avenida Paraná, no Jardim Polo Centro. No Gol os policiais também encontraram mercadorias contrabandeadas do Paraguai.
Ambos os veículos e os produtos foram encaminhados à Delegacia da Receita Federal. - CGN

Quem vender cigarros contrabandeados pode ser multado em R$ 5 mil e ter alvará cassado


29/09/2010 - É proibida a venda de cigarros contrabandeados e os estabelecimentos comerciais que o fizerem estarão sujeitos a multa de R$ 5 mil, aplicada em dobro em casos de reincidência, além da cassação do alvará de funcionamento que forem flagrados infringindo a lei pela terceira vez. O texto consta do Projeto de Lei 56/10, de autoria do vereador Abou Anni (PV), que teve o parecer favorável aprovado nesta quarta-feira (29/10) pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de São Paulo.
Em sua justificativa, o vereador destaca que “o contrabando de cigarros “rouba” de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões por ano do governo com Imposto de Renda”. Diz também que “em recente laudo encomendado pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) e disponibilizado à Policia Federal, de que, na composição do cigarro paraguaio, estão presentes diversos componentes malignos à saúde do consumidor, dentre os quais “bicho do fumo”, plásticos, inseticidas proibidos no Brasil há mais de 20 anos por serem cancerígenos”. - Câmara Municipal de São Paulo